Eu morro e não vejo tudo
Seres racionais e seres irracionais
Autoria: Padre Mário Reis Trombetta
Eu nasci na década de 60
e neste mundo ainda não vi de tudo.
Vi, aparecer no mundo uma “cultura de morte”,
citada pelo Papa São João Paulo II,
em que se incluem o aborto e a eutanásia.
Vi também a tentativa da aprovação
da descriminalização do aborto
até a 12ª semana de gravidez.
Vi muitas afrontas contra a vida humana
desde a sua concepção até o seu mais longínquo declínio.
“Deus modelou o ser humano com as próprias mãos (…)
e imprimiu na carne modelada
sua própria forma e imagem… (CIC n. 704).
Bem por isso, a pessoa humana encontra sua grandeza
e dignidade em Deus Criador,
que dele recebeu também o sopro vital em suas narinas.
Vi nestes últimos tempos também florescer
uma “Cultura do Descarte”,
como salienta o Papa Francisco:
“Os idosos são deixados sozinhos
e têm que passar os últimos anos da sua vida
longe de casa e dos seus entes queridos”.
Vi pessoas moribundas desprezadas nas calçadas
e cães abandonados sendo tratados
com grandes pompas e cuidados.
Vi o filme do Alto da Compadecida
onde o autor em uma cena
propunha o batismo e a crisma
de um animal de estimação,
como que escarnecendo a Igreja.
Será que agora vão propor também
fazer as Ezéquias?.
Que mundo é este que estamos vivendo,
onde parece que a vida humana
Já não vale muita coisa, ou quase nada.
Uma vez raiei com um cachorro
e a dona do cachorro me humilhou,
como se eu não tivesse nenhum sentimento.
Ainda bem que podemos juntamente com
o Salmista no Salmo 8,5-6 refrescar a memória:
“Senhor, o que é o Ser Humano para que vos lembre dele
e o trates com tanto carinho?” Pouco abaixo de Deus o fizestes,
coroando de glória e esplendor”.
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