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Eugênio Bucci é empossado na Academia Paulista de Letras

Antigo aluno da Faculdade de Direito da USP, ex-presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, Eugênio Bucci, professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) e Superintendente de Comunicação da USP, foi empossado (03/10) o mais novo integrante da Academia Paulista de Letras. Na cerimônia, o prestígio da SanFran com os professores Celso Lafer, que fez discurso de saudação ao empossado; e de Tercio Sampaio Ferraz Jr., que conduziu Eugênio ao Salão.

A vice-diretora da FDUSP, professora Ana Elisa Bechara, representou a instituição, que contou ainda com o docente Marcelo Bonizzi, procurador-geral da USP, e franciscanos ilustres como Flávio Bierrenbach e Michel Temer. A solenidade foi acompanhada pela vice-reitora, Maria Arminda Arruda; pró-reitores e diretores de unidades da USP.

Ana Elisa ressaltou que se trata de um orgulho para as Arcadas, que no evento foi representada pelos professores Tercio Sampaio, Celso Lafer e o antigo presidente do C. A. XI de Agosto, o recém-empossado Eugênio Bucci. “Essa presença marcante ilustra o papel da FDUSP não só no Direito, como também nas letras e na cultura paulista e brasileira. O professor e acadêmico Eugênio Bucci merece todas as nossas homenagens e reconhecimento pela extraordinária trajetória e obra, que contribuem para o fortalecimento e defesa da democracia brasileira”, reforçou.

Emocionado, Bucci contou parte de sua trajetória, desde o ingresso na Faculdade do Largo de São Francisco, passando por suas lutas pela liberdade de expressão e a guerra contra a ditadura militar. Lembrou do tempo em que cursava a ECA e a FDUSP, ocasião em que as agremiações estudantis sofriam perseguições. “Em 1980, fui eleito para a chapa que fez parte do Direito Centro dos Estudantes (DCE-USP). As agremiações tinham sido proscritas pela ditadura militar. E, nós, determinados a pôr fim a essa clandestinidade compulsória, decidimos registrar oficialmente o DCE em cartório, dando a ele uma personalidade jurídica. E aqui, devo isso a Dalmo Dallari que nos orientou”, disse.

A consciência de que vivíamos sob um regime que assassinava garotos da minha idade por motivos políticos fez de mim o que sou hoje. Desenvolvi repulsa física contra a ditadura, contra a tortura e contra a censura. A liberdade virou uma causa da minha vida, irmã gêmea de outra causa que é o combate contra a desigualdade.

Por sua vez, Celso Lafer ressaltou as fontes inspiradores do repertório intelectual de Bucci. “Penso que o construtivo jornalismo de Eugenio pode ser qualificado seguindo a lição de Alceu Amoroso Lima, com integrante do gênero literário da prosa de apreciação dos acontecimentos. E tem a densidade do intelectual que se empenha no deslinde do significado mais abrangente”, disse.

 

Bucci passa a ocupar a cadeira nº 12, que tem como patrono Paulo Egydio de Oliveira Carvalho.

 

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