Marcelo Godoy – Estadão
O Prosub já entregou dois submarinos convencionais à Marinha e deve entregar outros dois, além do Álvaro Antônio, o primeiro a ter propulsão nuclear. Em construção no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), litoral Sul do Rio, ele deve ficar pronto até 2033. Além disso, a Marinha prepara uma versão com alcance ampliado do míssil Mansup que atingiria alvos a até 200 quilômetros de distância e poderia ser usado para a defesa da costa pelos batalhões de fuzileiros.
O caso do MTC-300 depende do desenlace da crise da Avibrás, a empresa responsável pela produção do míssil em parceria com o Exército. Um consórcio de quatro empresas nacionais e estrangeiras apresentou uma proposta para salvar a indústria até 4 de abril. Entre elas estaria a Akaer, que lidera o consórcio Força Terrestre, responsável pela modernização dos blindados Cascavel. O MTC-300 poderia ser disparado pelo sistema Astros, suas primeiras unidades deviam ter sido entregues em 2020 em um programa cujo investimento estimado era de R$ 2,5 bilhões.
Outro ponto fundamental seria a aquisição da antiaérea de média altura. Este é um interesse das três Forças e, por isso, envolve o Ministério da Defesa. A solução poderia ser um acordo entre os governos do Brasil e da Índia, o que permitiria ao País adquirir o novo sistema de mísseis terra-ar Akash NG. O Exército lançou em 2024 uma consulta pública para a aquisição do sistema dentro do Programa Estratégico do Exército Defesa Antiaérea. A Índia está expandindo sua indústria de defesa e a compra de seus equipamentos não causaria questionamentos geopolíticos.
O Prosub já entregou dois submarinos convencionais à Marinha e deve entregar outros dois, além do Álvaro Antônio, o primeiro a ter propulsão nuclear. Em construção no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), litoral Sul do Rio, ele deve ficar pronto até 2033. Além disso, a Marinha prepara uma versão com alcance ampliado do míssil Mansup que atingiria alvos a até 200 quilômetros de distância e poderia ser usado para a defesa da costa pelos batalhões de fuzileiros.
O caso do MTC-300 depende do desenlace da crise da Avibrás, a empresa responsável pela produção do míssil em parceria com o Exército. Um consórcio de quatro empresas nacionais e estrangeiras apresentou uma proposta para salvar a indústria até 4 de abril. Entre elas estaria a Akaer, que lidera o consórcio Força Terrestre, responsável pela modernização dos blindados Cascavel. O MTC-300 poderia ser disparado pelo sistema Astros, suas primeiras unidades deviam ter sido entregues em 2020 em um programa cujo investimento estimado era de R$ 2,5 bilhões.
Outro ponto fundamental seria a aquisição da antiaérea de média altura. Este é um interesse das três Forças e, por isso, envolve o Ministério da Defesa. A solução poderia ser um acordo entre os governos do Brasil e da Índia, o que permitiria ao País adquirir o novo sistema de mísseis terra-ar Akash NG. O Exército lançou em 2024 uma consulta pública para a aquisição do sistema dentro do Programa Estratégico do Exército Defesa Antiaérea. A Índia está expandindo sua indústria de defesa e a compra de seus equipamentos não causaria questionamentos geopolíticos.
OTAN, e à soberania canadense e do Panamá despertaram a atenção de militares brasileiros e de integrantes da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa da Câmara dos Deputados. Antes de tudo, acredita-se que a nova administração americana afetará o relacionamento militar do Southcom, o comando sul americano, e suas relações com as Forças Armadas do Caribe e da América do Sul.
Durante seu comando, a general Laura Richardson chegou a defender um Plano Marshall para a região como forma de fechá-la à influência chinesa. Mais do que negar esse caminho, Trump sinaliza para a retirada do dinheiro americano que servia a muitos desses países. E onde o dólar sai, o yuan entra. Era o que Richardson dizia. As prioridades americanas serão outras, como o combate às drogas e o uso de Guantánamo para guardar imigrantes ilegais, inclusive brasileiros.
O tom assertivo da nova diplomacia americana pode, de acordo com militares ouvidos pela coluna, levar à revisão de parcerias. Embora não haja nada de concreto que afete as relações com o Brasil no campo da Defesa. Mas as especulações começaram. Entre os cenários vislumbrados pelos militares brasileiros ouvidos pela coluna está o de possíveis ameaças à soberania do País, o que forçaria o Brasil a buscar soluções militares cada vez mais autônomas em relação a potências extrarregionais. Mas isso tem um custo. E não é pequeno.
Veteranos da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse que diversificar fornecedores “é positivo”. Para ele, a situação brasileira é diferente da colombiana. Primeiro, porque não há bases americanas no País – o governo Bolsonaro permitiu que a inteligência dos EUA operasse em Roraima, quando Washington buscou derrubar Maduro. Depois, porque “há pouco recurso americano no Brasil”. “Nós compramos (O Exército adquiriu, em 2024, 12 Black Hawks dos EUA por US$ 960 milhões). Temos helicópteros de fabricação americana e não americanos no País”, afirmou, em referência à prática de leasing adotada pela Colômbia.
Veteranos da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse que diversificar fornecedores “é positivo”. Para ele, a situação brasileira é diferente da colombiana. Primeiro, porque não há bases americanas no País – o governo Bolsonaro permitiu que a inteligência dos EUA operasse em Roraima, quando Washington buscou derrubar Maduro. Depois, porque “há pouco recurso americano no Brasil”. “Nós compramos (O Exército adquiriu, em 2024, 12 Black Hawks dos EUA por US$ 960 milhões). Temos helicópteros de fabricação americana e não americanos no País”, afirmou, em referência à prática de leasing adotada pela Colômbia.
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