Homenageado nos Estados Unidos pela Fundação Bill e Melinda Gates, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a atenção de uma plateia de endinheirados e filantropos, incluindo o próprio fundador da Microsoft, para defender que os bilionários não podem “ter mais dinheiro que o Reino Unido ou o Brasil”.
Entre os planos do país, está tentar convencer os pares a adotar a taxação de grandes fortunas e impedir que bilionários mantenham seus recursos em paraísos fiscais para driblar impostos.
Embora tenha chamado de “louvável” a criação da fundação por Gates e as suas expressivas doações para causas humanitárias, Lula afirmou que não são elas que acabarão com a fome no mundo, e sim “políticas públicas”.
“Eu descobri que a fome não leva ninguém à revolução. A fome leva as pessoas à submissão. Então, cabe ao Estado, seja ele americano, brasileiro, chinês, finlandês ou norueguês, ter como premissa básica atender a necessidade dos mais pobres” afirmou o presidente.
“O rico não precisa do Estado. A classe média-alta não precisa do Estado. Quem precisa do Estado são as pessoas que não tiveram oportunidade de estudar, que não têm uma profissão, que não conseguiram inventar uma Microsoft, que não têm condições. Essas pessoas precisam do Estado”, afirmou o petista, arrancando risos da plateia.
Esta notícia foi lida 218 vezes!