Após a trégua da sexta-feira, 20, o dólar voltou a subir nesta segunda-feira, 23. A moeda americana fechou em alta de 1,86%, cotada em R$ 6,1851. A percepção de que o cumprimento das metas fiscais nos próximos anos ficou mais distante após o Congresso diluir a proposta de ajuste fiscal apresentada pelo Executivo provocou alta dos juros futuros e do dólar, além de queda do Ibovespa.
Diferentemente do que aconteceu na semana passada, o Banco Central não realizou leilões para segurar a alta do dólar desta vez, limitando-se à rolagem programada de swaps cambiais tradicionais. Após o fechamento do mercado, porém, a autoridade monetária anunciou um leilão à vista de até US$ 3 bilhões na próxima quinta-feira, 26, das 9h15 horas às 9h20.
Em dia de fortalecimento global da moeda americana no exterior e de fluxo de saída de recursos típica de fim de ano, o real apresentou o pior desempenho entre divisas emergentes.
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha adotado um tom mais moderado no fim da semana passada, reforçando a autonomia do Banco Central e a busca pela responsabilidade fiscal, há dúvidas se o Ministério da Fazenda será capaz emplacar novas medidas de austeridade. Há receio também de dificuldades de articulação no Congresso após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, voltar a suspender distribuição de emendas de comissão previstas até o fim de ano.
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