Operação da PF prendeu um general reformado e três ‘kids pretos’ acusados de planejar assassinato de Lula, Alckmin e Moraes; militares egressos do Comando de Operações Especiais do Exército teriam atuado em conspiração para golpe de Estado
– Estadão
A Operação Contragolpe investiga os responsáveis por um “detalhado planejamento operacional” chamado “Punhal Verde e Amarelo”. Foram presos Mário Fernandes, general da reserva, e os militares das Forças Especiais Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido.
Segundo a PF, esse plano seria executado em 15 de dezembro de 2022 e teria como objetivo o assassinato da chapa eleita na eleição presidencial de outubro daquele ano. Se o golpe de Estado fosse consumado, Moraes também seria assassinado.
O que significa ‘kid preto’?
“Kid preto” é o apelido para um agrupamento de elite das Forças Armadas do Brasil. Os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), o coronel da reserva Élcio Franco, que foi número 2 de Pazuello no ministério, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, integraram as fileiras do grupamento de elite da Força.
General e ex-chefe de Comando teria concordado com golpe
De acordo com as investigações da PF sobre organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, o ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter) general Estevam Theóphilo, alvo da Operação Tempus Veritatis em 8 de fevereiro, teria concordado com a ideia de golpe em uma conversa com o ex-presidente. Theóphilo seria o “responsável operacional” por arregimentar as Forças Especiais do Exército para prender o ministro Alexandre de Moraes.
“Além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa caso a medida de intervenção se concretizasse, os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército (os chamados Kids Pretos) a missão de efetuar a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes assim que o decreto presidencial fosse assinado”, diz a decisão que autorizou a operação da PF em 8 de fevereiro.
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