O mandado de prisão foi expedido após o Ministério Público entrar com recurso pedindo o cumprimento imediato da pena. A decisão, segundo o promotor Marcus Túlio Nicolino, reconheceu o entendimento recente do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata sobre condenações aplicadas pelo tribunal do júri.
De acordo com o promotor, a defesa de Titoto tentou revogar a ordem de prisão, mas o pedido foi negado na quarta-feira (9).
“O fato foi praticado em 2003, há 21 anos, então a prisão dele, neste momento, representa para a sociedade, para a Justiça, o impedimento da impunidade. As pessoas, principalmente aquelas que têm dinheiro, acham que podem cometer crimes e ficar à vontade, pelas ruas, ainda zombando da Justiça”, afirma Nicolino.
Condenação
Em 2017, Titoto foi levado ao tribunal do júri e condenado a 25 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado do analista financeiro Carlos Alberto Araújo.
A vítima foi encontrada morta na zona rural de Serrana (SP), em fevereiro de 2003. Segundo o Ministério Público, Araújo foi espancado e enterrado vivo por causa de uma dívida de R$ 400 mil referente à compra de um carro importado.
A condenação, no entanto, só ocorreu 14 anos depois, e, menos de um dia depois, Titoto obteve um habeas corpus do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para aguardar o trânsito em julgado em liberdade. Em 2019, a defesa ainda conseguiu reduzir a pena do júri para 18 anos e 8 meses.
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