O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 8, durante a reunião ministerial, que vai devolver o relógio Cartier recebido de presente em 2005, embora o Tribunal de Contas da União (TCU) tenha decidido que ele pode ficar com a peça.
Aos ministros, Lula contou que telefonou ainda na quarta-feira, 7, para o presidente do TCU, Bruno Dantas, e manifestou sua contrariedade com a decisão da Corte. Na conversa, avisou Dantas que está decidido a devolver o relógio ao tribunal. A outros interlocutores, ele também disse que pode doar o Cartier, em benefício de alguma causa social.
Na avaliação de Lula, ministros do TCU ligados a Jair Bolsonaro se alinharam à tese da defesa do ex-presidente com o objetivo de abrir caminho para sua absolvição no caso das joias sauditas.
Prevaleceu no TCU a tese do ministro Jorge Oliveira, que foi titular da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro e depois indicado por ele para o cargo no tribunal. No entendimento de Oliveira, não se pode classificar os presentes recebidos no exercício da Presidência como sendo da União até que haja uma regulamentação sobre o que é “bem de natureza personalíssima”.
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