Logo quando assumiu o Twitter, em outubro de 2022, uma das medidas mais controversas de Elon Musk foi anunciar que o selo de verificação – que costumava ser um indicador de contas autênticas de empresas, governos e personalidades – estava à venda para qualquer pessoa. Por meio do Twitter Blue, usuários agora poderiam pagar para exibir a marca azul, colocando em xeque a confiabilidade de contas. Pior: isso ocorreu em um contexto de eleições presidenciais no Brasil, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro já utilizava contas verificadas para espalhar desinformação.
O novo livro dos jornalistas Kate Conger e Ryan Mac “Limites de Caracteres” conta como a equipe do Twitter se preocupou com a possibilidade de Bolsonaro espalhar desinformação por meio de contas verificadas. A obra, escrita pelos repórteres do jornal americano The New York Times, narra como as decisões de Musk, desde que assumiu a rede social, fizeram a plataforma mudar para pior.
Pressionado para aumentar a monetização na plataforma, Musk insistiu com seus funcionários em “vender” o selo de verificação. No entanto, o cenário de demissões em massa e de encerramento de áreas inteiras da empresa, além de eleições ao redor do mundo, levantaram a questão sobre o melhor momento para lançar a ferramenta.
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