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Rastreador de caminhonete ajudou polícia a encontrar corpo de mulher morta pelo ex em Igarapava

Fonte EPTV

Desaparecida há 12 dias, Maria de Fátima Batista Silva estava enterrada em uma área de canavial. Ex-namorado alegou que se desentendeu com a vítima e a estrangulou, em Igarapava.

A Polícia Civil usou o rastreador da caminhonete do ex-namorado de Maria de Fátima Batista Silva para encontrar o corpo dela na tarde desta terça-feira (8) em Igarapava (SP). A mulher, de 31 anos, estava desaparecida há 12 dias e foi encontrada morta depois de o ex, Cleber Balduino de Oliveira, de 49 anos, confessar o crime.

De acordo com o delegado Gabriel Fernando Tomaz da Silva, após a confissão, o suspeito teve dificuldades para indicar o local onde havia enterrado o corpo.

Ele, então, informou aos policiais que a caminhonete usada no dia do crime tem rastreador, que apontou uma área próxima à estrada vicinal que liga Igarapava a Buritizal (SP). Lá, Oliveira abriu uma cova com cerca de 50 centímetros de profundidade e enterrou Maria.

“Ele referenciou um canavial que descreveu como velho, e esse canavial não estava mais no local. A cana foi colhida. Em razão disso, não foi possível na segunda-feira chegar até o local da ocultação do cadáver. Na terça-feira, ficamos a manhã toda no local, seguindo as indicações dada por ele. Em razão da mudança desse cenário, a gente teve uma certa dificuldade. Em certo momento, ele chegou e me indicou que a caminhonete tem rastreador ativo”, explicou o delegado.

 

Maria de Fátima Batista Silva desapareceu após se encontrar com o ex-namorado na casa dele, em Igarapava, SP — Foto: Arquivo pessoal

Maria de Fátima Batista Silva desapareceu após se encontrar com o ex-namorado na casa dele, em Igarapava, SP — Foto: Arquivo pessoal

Preso desde 1º de outubro, o suspeito chegou a dizer anteriormente que não sabia onde a ex-namorada estava, mas, na segunda-feira (7), confessou o crime em depoimento à polícia. Ele afirmou que matou a ex-namorada estrangulada, antes de enterrá-la.

Desentendimento antes de morte

 

Maria de Fátima tinha sido vista pela última vez em 26 de setembro, quando foi gravada por câmeras de segurança entrando na casa do ex-namorado. Câmeras de segurança da casa de Oliveira flagraram quando a mulher chegou por volta das 20h. Não há imagens de ela saindo do local.

Por volta das 4h40 do dia seguinte, as câmeras flagraram o suspeito deixando o imóvel de caminhonete e retornando horas depois, já pela manhã (veja abaixo). Ainda de acordo com o delegado, como o veículo estava sujo de terra, a polícia passou a suspeitar do homem.

Câmera de segurança flagrou suspeito deixando casa de madrugada e retornando pela manhã

Câmera de segurança flagrou suspeito deixando casa de madrugada e retornando pela manhã

Em depoimento, Oliveira alegou que matou a ex-namorada após ter um desentendimento com ela, afirmou o delegado.

“Falou que está extremamente arrependido. Informou que, no dia dos fatos, eles entraram para dentro da residência, de madrugada, houve um desentendimento lá dentro. Ele falou que se sentiu diretamente provocado por ela, houve agressões recíprocas, e ele acabou que pegou no pescoço dela e, segundo ele, se excedeu e acabou matando ela. Assim que ele percebeu que ela estava morta, ele se desesperou e, com o fim de evitar futura responsabilidade penal, ele acabou decidindo por ocultar o cadáver.”

 

Ao término das investigações da Polícia Civil, o caso irá para o Ministério Público, e o suspeito deve responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.

Brigas, ciúme excessivo e ameaças

 

Um dia após o sumiço de Maria de Fátima, uma amiga dela procurou a polícia para dizer que ela tinha se encontrado com o ex-namorado, mas não tinha voltado para casa. Segundo ela, o casal estava separado desde julho deste ano, mas seguia se encontrando.

À polícia, a testemunha disse que o relacionamento dos dois era conturbado por conta das brigas constantes e ameaças de Oliveira, que, mesmo separado, demonstrava ciúme excessivo e dizia que mataria a ex-namorada se a visse com outro homem.

Na sexta-feira, um dia após o desaparecimento de Maria de Fátima, policiais foram até a casa de Oliveira e ele confirmou que a mulher esteve no local um dia antes, quando recebeu alguns amigos para tomar cerveja, mas disse que ela foi embora por volta das 2h da manhã dizendo que tinha de trabalhar cedo no dia seguinte.

Ele também disse que não se despediu de Maria de Fátima pois estava lavando copos na cozinha e não viu para que direção da rua ela seguiu e não verificou as câmeras de segurança porque o aplicativo do celular estaria com problemas.

Na casa dele, policiais não encontraram sinais de luta ou violência, mas notaram que o imóvel tinha sido lavado. Ao ser questionado, o suspeito confirmou que fez faxina no local. Ele também disse que “ouviu dizer” que Maria de Fátima estava se relacionamento com um homem, mas não sabia dizer quem era a pessoa ou onde a ex-namorada estaria.

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