Estadão
Por Heitor Mazzoco e Marcelo Godoy
Polícia Civil investiga a participação de dois antigos homens de confiança do presidente nacional da legenda do ex-coach em operações da facção criminosa, como financiamento do tráfico, fraudes imobiliárias e até mesmo controle de uma casa de prostituição; acusados alegam inocência
Escobar e Gordão eram homens de confiança de Leonardo Alves Araújo, o Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB e fiador da candidatura de Marçal. No dia 18 de março, Avalanche nomeou Escobar para ocupar a presidência estadual da legenda em São Paulo, mas ele ficou apenas três dias no cargo, sendo afastado, oficialmente, porque “não tinha título de eleitor”. Mesmo assim, Escobar continuou a se apresentar como presidente estadual do partido em reuniões políticas até o caso ser revelado pelo Estadão em maio. Escobar chegou a participar de eventos com a presença de Marçal, que se filiou ao PRTB em 5 de abril e teve sua pré-candidatura confirmada pela legenda em 24 de maio.
Apesar da atuação nos bastidores, Escobar e Gordão não foram vistos em agendas públicas do candidato do PRTB na campanha eleitoral, como debates, sabatinas e caminhadas pela cidade.
Procurados pela reportagem, os acusados negaram qualquer ligação com a facção criminosa. Avalanche disse ter rompido com Escobar após as primeiras reportagens do Estadão. Depois da publicação da reportagem, Marçal comentou pelas redes sociais não pedir “certidão negativa de ninguém. Já tirei 20 mil fotos nessa campanha”. Em entrevista recente, antes do debate na TV Band, ele disse que Avalanche é quem devia explicações.
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