Fonte R7
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura de uma investigação sobre a deputada Carla Zambelli (PL-SP) após ofício encaminhado pela Polícia Federal noticiando a existência de citação de participação da parlamentar numa suposta tentativa de golpe e utilização da estrutura do Estado brasileiro para fins ilícitos fora do interesse público no ano de 2022. O R7 entrou em contato com a parlamentar, que disse receber com surpresa a inclusão na investigação.
Moraes disse que “as investigações conduzidas, portanto, estão absolutamente relacionadas, tendo a Polícia Federal identificado nominalmente a deputada como uma das participantes nos fatos apurados ora trazidos ao conhecimento. Após, encaminhem-se os autos à Polícia Federal, para a continuidade das investigações cabíveis, no prazo de 30 (trinta) dias”.
No documento, a PF diz que Zambelli teria intermediado uma viagem de uma influenciadora à Espanha para tratar com o general Hugo Carvajal de informações sobre o suposto financiamento por parte do governo venezuelano para movimentos políticos de esquerda em países da Europa e da América Latina, dentre eles o Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil e o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva.
“A autoridade policial contou, ainda, que após o retorno ao Brasil, a influenciadora teria repassado um dossiê do caso ao então Ministro da Justiça, Anderson Torres, de forma que ele teria se utilizado da Polícia Federal para instaurar um inquérito policial sobre o tema. Aduziu que os elementos identificados apontam que a formalização açodada da investigação no âmbito da Polícia Federal – há apenas duas semanas do 1° turno das eleições presidenciais – visava a conferir credibilidade às narrativas inverídicas propagadas pela Milícia Digital em relação ao principal opositor político do então presidente Jair Bolsonaro, de modo a se obter vantagem de natureza eleitoral às vésperas do pleito de 2022″, disse a PF citada por Moraes.
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