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‘Harmonização peniana’: o que se sabe sobre procedimento que viralizou, mas não tem aval do CFM

Por Victória Ribeiro -Estadão

Quando o assunto é masculinidade, assuntos que envolvem a aparência do pênis ainda pesam (e muito). Talvez por isso a tal “harmonização peniana” esteja chamando tanta atenção. O procedimento, que promete aumentar a espessura do órgão, vem ganhando popularidade nas redes sociais e virou a nova aposta de quem quer elevar a autoestima — e, de quebra, o desempenho sexual.

Apesar de estar em alta agora, o preenchimento peniano não é exatamente uma novidade. Como explica o urologista Ubirajara Barroso, professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, esse tipo de intervenção já existe há pelo menos uma década. A grande diferença está no material usado. No passado, o procedimento era feito com PMMA, uma substância permanente e considerada de alto risco. O uso para fins estéticos, inclusive, foi proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Hoje, a coisa mudou. O material da vez é o ácido hialurônico — sim, o mesmo usado para dar volume aos lábios, suavizar olheiras e destacar a “maçã do rosto”. “O ponto positivo do produto é que, se a pessoa não gostar do resultado ou tiver algum efeito colateral, dá para reverter. Isso torna o processo mais controlável, o que explica a popularidade repentina”, afirma Eduardo de Paula Miranda, coordenador da área de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Vale ressaltar, no entanto, que o procedimento é puramente estético. Ele não aumenta o comprimento do pênis, apenas a espessura — ou seja, não é indicado para quem tem alguma condição médica, como o micropênis. E se alguém prometer milagres — como melhorar a performance ou turbinar a sensibilidade — é bom ligar o sinal de alerta. “O que pode acontecer é a pessoa se sentir mais confiante, e essa autoconfiança refletir positivamente em outras áreas. Mas afirmar que o procedimento tem impacto em outros sentidos além do estético não é verdade”, ressalta Barroso.

Segundo o médico, o uso do ácido hialurônico pode aumentar a espessura do pênis de 1 a 3 centímetros. E o efeito não é permanente — costuma durar de 6 meses a 2 anos, dependendo de como o corpo reage e absorve a substância (algo que acontece naturalmente, já que o organismo a reconhece como algo “familiar”).

Os preços do procedimento variam de R$ 8 mil a R$ 20 mil. Tudo depende da quantidade de produto, da clínica escolhida e dos honorários dos profissionais envolvidos. E aí surge outra questão: o preenchimento peniano pode ser realizado por urologista, dermatologista, esteticista, dentista, biomédico. Essa variedade de especialidades tem gerado bastante debate (veja mais abaixo).

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