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Palmeiras vence Corinthians

Mauro Beting

Edil, treinador do Palmeiras em “Boleiros”, filme do craque Ugo Giorgetti, imortalizou frase pela voz de outro, o tricolor Lima Duarte: “A senhora não sabe o que é um Palmeiras e Corinthians!”.

A CBF, também não. Nem o Gre-Nal (a mais intensa rivalidade), ou o Fla-Flu; nenhum merecia o descaso da entidade que paga insultuosos 16 salários de 215 mil aos sultões das federações… Para que, já na terceira rodada do Brasileirão, refazer dérbi que decidiu Paulistão? É para banalizar o que paralisa a capital desde 1917? Só se for para tirar o peso que não têm cartola, craque, escroque, bagre e burro que minimizem o tamanho do “meu vizinho perder é mais gostoso do que eu vencer”.

Os Estaduais já não são o que foi o de 13 de outubro de 1977, quando o Corinthians saiu de 22 anos de jejum pelo pé angelical de Basílio. Já não é o Paulistão o que foi o 12 de junho de 1993. Quando o Palmeiras saiu da fila de 16 anos contra o maior rival. Corinthians que em 1974 ficaria até 1977 sem títulos pela vitória alviverde. Dois títulos que o corintiano só devolve se um dia deixar o rival no jejum, e outra vez sair da fila sobre a Nêmesis.

Rivalidade é isso. É espalhar lambe-lambe nos postes de Barueri exaltando a subida na bola de Memphis em Itaquera na final de 2025 e dizer que “ainda sangra” o que, de fato, não dói tanto (tenho lugar de fala e choro). Mas é a visão do outro lado. Celebrando não apenas um título. Mas a derrota do rival. Muitas vezes o que é melhor no futebol.

Racionalizar emoção não é meu mote. Nem devia ser de gente da imprensa que esquece que é gente pela empresa. Sommeliers de emoção que ditam como e onde e quanto se deve celebrar título ou placares. Bedéis de sentimentos que criam manuais de conduta para quem vive a emoção incondicional de torcer por um time. De até distorcer por essa paixão como hoje na política e na humanidade se defendem até os indefensáveis menos e mais votados.

Dérbi é clássico para celebrar a defesa de Marcos contra Marcelinho numa semi de Libertadores como se fosse mais um título. Clássico não se esquece gol de falta de Garro com nove corintianos em campo como se fosse o caneco de 2025 do maior dos campeões paulistas.

O deste sábado em Barueri ainda não decidiu nada. Mas deu um jeito, um jogo e um time a Abel em brilhantes 18 minutos iniciais (enfim

pavorosa. Ficou com 68% da bola. E viu o rival criar 11 chances na melhor partida palmeirense em meses.

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Opinião por Mauro Beting

Comentarista do SBT, TNT Sports, Jovem Pan e Efootball. Escritor e documentarista. Curador do Museu Pelé e do Museu da Seleção Brasileira.

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