Aline Bronzati – O Estado de SP
NOVA YORK – A pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas impostas pelos Estados Unidos, e programadas para entrar em vigor nesta quarta-feira, 9, trouxe alívio às Bolsas americanas e afastou o temor de recessão nas quadras de Wall Street. Por outro lado, a escalada da tensão comercial com a China, que ficou de fora da trégua, preocupa investidores globais e faz com que a maior potência global ainda esteja em uma “zona de perigo”.
Depois de pressões de todos os lados, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas aos países que não retaliaram as medidas do republicano — ou seja, exceto China e Canadá. Nesse período, será mantido um nível mínimo de 10%. Para a China, Trump anunciou um novo aumento de tarifa, de 104% para 125%, na esteira da última reação do governo de Xi Jinping aos ataques tarifários do americano.
As novas medidas desencadearam um movimento de apetite por ativos de risco, com as Bolsas americanas fechando o pregão com fortes ganhos, após uma sequência de perdas recentes. O Nasdaq teve a maior alta diária desde janeiro de 2001.
Em Wall Street, a trégua de Washington reduziu os temores de que os EUA entrariam em recessão. Desde o anúncio das tarifas recíprocas, em 2 de abril, o “Dia da Libertação”, o ambiente de incertezas fez com que investidores globais temessem que a escalada da guerra comercial colocasse em xeque o crescimento econômico no país e no mundo.
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